Nascido em Kolki, na Ucrânia, em novembro de 1902, Leon Feffer imigrou para o Brasil em 1920, juntamente com a mãe, um irmão e duas irmãs. Naquela época, a economia brasileira era apoiada na cafeicultura e o setor industrial era incipiente – quase todos os produtos industrializados consumidos no País vinham do exterior.
Diante desse potencial, Leon estabeleceu-se como comerciante em São Paulo, atuando na venda de diversos tipos de mercadorias, entre eles o papel. Durante os anos de 1920 e 1930, consolidou sua atuação no comércio e ampliou suas atividades, abrindo uma tipografia e uma pequena fábrica de envelopes, além de manter uma loja própria. Até que, em 1939, Leon decidiu desfazer-se de tudo, até mesmo da casa da família, para levantar capital e montar sua própria fábrica de papel. A fábrica, instalada no bairro do Ipiranga, deu origem a Suzano.
Leon Feffer dedicou-se também a várias atividades comunitárias, em instituições como a Casa de Cultura de Israel, a Federação Israelita do Estado de São Paulo, o Hospital Albert Einstein, entre outras. Foi um dos fundadores da Hebraica e, entre 1956 e 1981, exerceu o cargo de cônsul geral de Israel em São Paulo.
A partir da década de 1970 Leon Feffer acompanhou a transição da liderança da Suzano para seu filho Max, que conduziu sua longa e bem-sucedida expansão nas áreas papel e celulose, embalagens e petroquímica.
Leon Feffer faleceu em 1999 e deixou, além de sua marca na história do desenvolvimento do setor de papel e celulose no Brasil, o exemplo de como um empresário pode aliar o sucesso nos negócios a uma consistente ação social.